Autor: Marinho Celestino de Souza Filho
Data: 03/09/2008 | |
"(...) Por isto é que somente os oprimidos, libertando-se, podem libertar os opressores. Estes, enquanto classe que oprime, nem libertam, nem se libertam." (Paulo Freire).
Existem duas modalidades de avaliação: a objetiva e a descritiva. Muitas escolas vêm adotando a colaboração de pareceres descritivos em termos de registros de atribuição de notas ou conceitos classificatórios na análise do trabalho desenvolvido junto aos alunos. Muitos professores passaram a fazer relatos por escrito sobre o desempenho dos educandos, principalmente nas pré-escolas e séries iniciais, e atualmente, no ensino fundamental e médio.
Diante das dificuldades encontradas pelos professores em avaliar continuamente seus alunos, as teorias neste campo remetem a um desafio permanente de, em todos os momentos, prestar atenção neles, refletindo sobre a ação de avaliar o cotidiano escolar. Dessa forma, a avaliação passa a auxiliar no processo ensino-aprendizagem. É importante que o professor acompanhe a construção do conhecimento do educando. Assim, torna-se possível verificar os vários estágios de desenvolvimento dos alunos, sem julgá-los apenas num determinado momento estanque; geralmente, o da prova. É preciso avaliar, pois, o processo, e não simplesmente o produto. Ou melhor: avaliar o produto no processo.
A separação entre a avaliação e o processo ensino-aprendizagem, uma vez que a avaliação não é aplicada no cotidiano do trabalho em sala de aula, mas sim em momentos especiais, com rituais especiais, causou sérios problemas para a educação escolar. Em nome da suposta objetividade, da imparcialidade, do rigor científico, chegou-se a uma desvinculação da avaliação no processo educacional. Provas muitas vezes preparadas, aplicadas e corrigidas por outros que não os professores das respectivas turmas, eram sinônimo de qualidade de ensino. Os alunos, por sua vez, demonstraram sua insatisfação em relação às avaliações pela prática da cola.
A avaliação deve permitir que o professor acompanhe a construção das representações do aluno, percebendo onde ele se encontra, possibilitando a interação na perspectiva de superação. Assim, ela pode contribuir nas tomadas de decisões referentes à Educação, tais como: melhoria do ensino, da aprendizagem, das relações que permeiam professores e alunos, enfim, na arte de educar. Por conseguinte, a avaliação nunca deve ser um fim por si só, não pode ser usada como uma arma contra o aluno, com poderes de aprovar ou reprovar, premiar ou punir, julgar e selecionar numa escala de valores, notas ou conceitos "os mais capazes e os menos capazes".
Referências Bibliográficas:
HOFFMANN, Jussara Maria Lerch (1993). Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Educação e Realidade.
LUCKESI, Cipriano Carlos (1986). Avaliação Educacional Escolar Para Além do Autoritarismo. Revista da Ande, (10): 47-51, (11): 47-49, São Paulo.
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A Super Visão Escolar!!!!
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Texto sobre Avaliação
sexta-feira, 27 de abril de 2012
A ATUAÇÃO DO SUPERVISOR FRENTE À INDISCIPLINA ESCOLAR
O papel do
supervisor escolar vem tomando novos rumos, pressionado pelo contexto
da sociedade que exige uma educação voltada para o sentido da vida
humana.
Vimos também que a indisciplina
escolar deve ser encarada como fenômeno de aprendizagem, ou seja,
além daquilo que ocorre no contexto da sala de aula todos os seus
intervenientes devem ser considerados.
Entendemos que por ser o profissional
de educação que estabelece um contato mais direto com o trabalho
docente, cabe ao supervisor escolar fomentar discussões sobre o
processo ensino-aprendizagem e a indisciplina escolar.
Dessa forma, cabe ao supervisor
escolar analisar, em ação conjunta com os professores, as
contradições existentes entre o fazer pedagógico e a proposta
pedagógica da escola. Também é necessário que o mesmo demonstre,
fundamentado cientificamente, que quando se trata de indisciplina na
escola as ações voltadas para a prevenção desta são mais
eficazes do que medidas baseadas em mecanismos de intervenção, ou
seja, é fundamental que se avance para uma mentalidade preventiva
quando o assunto é indisciplina escolar, encarando esse fenômeno
como previsível e deixando de vê-lo apenas no nível de
intervenção.
Enfim, quando as ações disciplinares
estiverem alinhadas ao projeto pedagógico da escola como resultado
de uma construção coletiva baseada na reflexão por parte da
comunidade escolar, entre os quais encontram-se professores e
supervisores, certamente a prioridade recairá sobre a prevenção da
indisciplina escolar, reduzindo, com isso, situações de estresse e
exaustão por parte dos professores e demais membros que compõem a
equipe pedagógica da escola. Em situações contrárias a essa, ou
seja, aquelas nas quais se prioriza a prática de mecanismos
intervencionistas, certamente os problemas relacionados à
indisciplina escolar tenderão a se repetir, a se aprofundar,
tornando-se, consequentemente crônicos.
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Dica de Filme!
Sinopse do filme PROVA DE FOGO.
(Akeelah and the Bee, 2006)
Professor muda a vida de uma menina de 11 anos quando começa a treiná-la para o desconhecido caminho dos concursos de soletração. Com sua ajuda, Akeelah vai descobrindo possibilidades, desenvolvendo capacidades e influenciando os que estão à sua volta com sua coragem e determinação.
Professor muda a vida de uma menina de 11 anos quando começa a treiná-la para o desconhecido caminho dos concursos de soletração. Com sua ajuda, Akeelah vai descobrindo possibilidades, desenvolvendo capacidades e influenciando os que estão à sua volta com sua coragem e determinação.
O que é Supervisão Escolar?
Supervisão é um processo abrangente e agregado no trabalho escolar.
Sobre essa pode dizer que é uma tarefa técnico-científica. Como técnica
ela é maneira definida de exercer determinada função integrante de um
sistema no caso o educacional. Sua função é muito importante na
consecução de melhor qualidade na prestação de serviços educacionais,
desde as instâncias mais amplas e abrangentes até a atividade básica.
Como trabalho científico, a supervisão tem que:
• Pesquisar os fatos para que possa abranger todas as dimensões da realidade que atua;
• Estabelecer hipóteses de atuação;
• Determinar prioridades com as respectivas atividades necessárias à sua execução;
• Avaliar o resultado das mudanças que indicam a existência de “uma nova realidade” e impõe, consequentemente, um novo ciclo de atuação.
Como trabalho técnico científico, a supervisão, desenvolve-se através de três etapas que são: planejamento, acompanhamento e controle. A supervisão, em sua atuação, precisa prever todo o seu trabalho para um período letivo, anual e semestral, bem como precisa prever a execução de suas tarefas particulares. Mas estas se desenrolam segundo o esquema: planejamento, acompanhamento e controle. O planejamento refere-se ao que e como fazer, o acompanhamento à execução e o controle à avaliação.
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